Turista irlandês sobreviveu a queda de 200 metros na mesma trilha onde Juliana morreu

Paul Farrel na sombra de uma formação rochosa após conseguir acionar o resgate. Foto: Reprodução

O Monte Rinjani, conhecido por atrair trilheiros do mundo inteiro, voltou ao centro das atenções após a morte da brasileira Juliana Marins. Porém, esse não é o único caso recente de queda na montanha.

Em outubro do ano passado, o irlandês Paul Farrel, de 31 anos, sobreviveu após despencar cerca de 200 metros de um penhasco no mesmo vulcão e conseguiu acionar o resgate com o sinal do celular.

Farrel fazia trilha sozinho quando sofreu o acidente. Mesmo ferido, com cortes profundos pelo corpo e uma lesão no ombro, conseguiu ligar para um resort local pedindo socorro.

Uma equipe de resgate que já estava na área atendendo outro caso foi enviada ao local e o encontrou na sombra de uma formação rochosa. Aliviado ao ser salvo, o irlandês agradeceu aos socorristas. “Muito obrigado. Vocês salvaram minha vida. Eu nunca teria conseguido voltar sem vocês”.

Vídeos divulgados mostram o momento em que um socorrista desce de rapel até o local do acidente e é puxado de volta com a vítima. Em outro registro, Paul aparece acendendo um cigarro logo após ser resgatado.

A história contrasta com o drama enfrentado pela brasileira Juliana Marins, cujo corpo foi localizado apenas quatro dias após a queda, em uma operação de mais de sete horas.

Outros acidentes também marcaram o Monte Rinjani nos últimos anos. Em maio de 2025, o malaio Rennie Bin Abdul Ghani, de 57 anos, caiu em uma ravina de 80 metros e não resistiu.

Segundo testemunhas, ele ignorou o uso de cordas e se afastou do grupo. Em 2022, um jovem israelense de 19 anos também perdeu a vida durante uma escalada no local.

Vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Foto: Parque Nacional do Monte Rinjani/Divulgação

Localizado na ilha de Lombok, o Monte Rinjani é o segundo ponto mais alto da Indonésia, com 3.726 metros de altitude.Apesar da beleza das trilhas e da vista do lago da cratera, as rotas exigem preparo físico e psicológico.

Mesmo com controle de acesso e presença de guias credenciados, o terreno acidentado representa riscos constantes para os visitantes.

De acordo com o chefe do Centro de Conservação de Rinjani, Yemen, muitos acidentes ocorrem entre turistas despreparados.

“É fundamental estar física e mentalmente preparado e nunca subestimar o desafio que o Rinjani representa”, afirmou à agência local Antara. O parque recebe entre 40 e 50 mil visitantes por ano, atraídos pela experiência de caminhar sobre um vulcão ativo.

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