A ministra Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foto: Divulgação

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Isabel Gallotti, autorizou nesta sexta-feira (27) o julgamento de duas ações que podem resultar na cassação e inelegibilidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), por abuso de poder político e econômico no caso conhecido como “escândalo do Ceperj”. As ações, segundo o Globo, foram movidas pelo Ministério Público Eleitoral e pelo ex-candidato derrotado ao governo do Rio em 2022, Marcelo Freixo (PSB), atual presidente da Embratur.

O caso envolve denúncias sobre a existência de uma “folha de pagamento secreta” do governo do Rio e a nomeação de 45 mil pessoas para cargos temporários na Fundação Ceperj e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que teriam sido utilizadas para acomodar aliados e cabos eleitorais de Castro.

Em maio de 2024, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) absolveu Castro, Bacellar e o então vice-governador, Thiago Pampolha (MDB), por 4 votos a 3. No entanto, o Ministério Público Eleitoral e Freixo recorreram ao TSE, que agora autorizou o julgamento das ações.

Cláudio Castro, governador do estado do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

A defesa de Castro afirmou que já apresentou todos os esclarecimentos necessários à Justiça Eleitoral e que permanece confiante de que, ao final do julgamento, ficará comprovada a legalidade da conduta do governador. O julgamento ainda precisa ser agendado pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia.

Além de Cláudio Castro, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), também é alvo das ações, que podem levar à sua inelegibilidade. Bacellar é o candidato de Castro para sucedê-lo em 2026, quando o governador pretende concorrer ao Senado Federal. Caso o TSE decida pela cassação de Castro, isso poderá impactar diretamente seus planos políticos e os de Bacellar.

O “escândalo do Ceperj” envolve alegações de que o governo do Rio utilizou recursos públicos para nomear aliados políticos em cargos temporários, configurando possível abuso de poder econômico e político durante o processo eleitoral de 2022.

 

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Last Update: 28/06/2025