O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ordenou que o PL apresente documentos que comprovem que o partido abriu contas bancárias específicas para a movimentação de recursos eleitorais de campanhas de mulheres e negros. O item é uma das obrigações partidárias da lei que estabelece cotas de gênero e raças nas eleições e não teria sido cumprido pela legenda bolsonarista.
A decisão que cobra a documentação, ainda não apresentada ao tribunal, foi tomada pela ministra Cármen Lúcia, atual presidente do TSE. Ela formalizou o pedido há alguns dias e deve, diante das respostas, averiguar as irregularidades.
Ainda no tema, o PL de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto não teria, também, indicado o link em que será possível ver detalhes das movimentações de valores recebidos pela legenda do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Ao todo, o PL deve receber mais de 880 milhões de reais do fundo, sendo essa a maior fatia (17%) entregue a um partido neste pleito.
A ministra, na decisão proferida, indicou que a regularização destas irregularidades é essencial para a liberação dos recursos públicos do PL. O partido não comentou as irregularidades identificadas pela Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do TSE. A sigla também não proferiu comentários sobre a decisão judicial.