Para o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se chateou com o que o venezuelano considerou como “versão deturpada” do seu comentário sobre o processo eleitoral brasileiro.
A fala aconteceu no último sábado 27, véspera da eleição presidencial na Venezuela, em Caracas, durante um ato em que Maduro discursou para embaixadores estrangeiros.
No início da semana, em um ato de campanha, Maduro disse que o sistema venezuelano era o mais seguro do mundo. Para contextualizar a afirmação, ele comparou a realidade com sistemas de outros países, indicando que, no Brasil, as urnas eletrônicas não seriam auditadas.
Em resposta, a Corte Eleitoral brasileira desistiu de enviar observadores para o pleito na Venezuela.
Ontem, Maduro voltou a defender a segurança do sistema venezuelano, completando: “que ninguém se incomode no mundo, porque esses dias disse em relação a um país e se incomodaram”, citando o Brasil. “Mas eu disse uma verdade. Onde fazem dezesseis auditorias? Em nenhum lugar”, afirmou.
O futuro político da Venezuela será definido na disputa entre Maduro e o principal nome da oposição, Edmundo González. A votação vai se estender por todo o domingo 28 e o resultado deve ser conhecido no final da noite. No país vizinho, não há segundo turno.