Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, quer conduzir uma ofensiva contra a influência da China na América Latina. O republicano, que volta à Casa Branca na próxima segunda (20), pretende ampliar investimentos na região e renegociar o acesso ao Canal do Panamá.
Segundo a coluna de Jamil Chade no UOL, Trump ainda pretende direcionar sua ofensiva contra a Venezuela e Nicarágua, alegando que os países se transformaram em bases para interesses russos e iranianos na região.
Marco Rubio, escolhido por Trump para liderar sua política externa como secretário de Estado, passou por uma sabatina no Senado dos Estados Unidos nesta quarta (15) e afirmou que a China é a “maior ameaça” que já existiu aos americanos. Ele ainda prometeu adotar uma postura dura contra Cuba.
“Eles terão de fazer escolhas. Eles terão de se abrir para o mundo e para que cidadão possa ter controle de seu destino. Ou continuar sendo um país de quarto mundo”, afirmou Rubio, que é filho de cubanos, criticando a ilha por apoiar o Hamas e o Hezbollah.
Ele afirmou que Trump pretende “retomar” o Canal do Panamá e disse que a passagem é controlada por empresas da China. “Mas elas não são independentes e, num momento de crise, podem ser usadas por Pequim para fechar o canal”, afirmou.
Rubio diz que a China tem ganhado espaço na mineração e em portos do Chile e da Argentina. Segundo ele, Javier Milei, presidente de extrema-direita argentino, tem dificuldade de desfazer acordos comerciais fechados com o país por administrações anteriores.
O aliado de Trump ainda disse que adotará uma linha dura contra Venezuela e Nicarágua. Rubio diz que o primeiro país é governado “por uma organização do narcotráfico”, tem produzido drones para o governo iraniano e dado passaportes ao Hezbollah.
Sobre a Nicarágua, Rubio diz que o governo local abriu “guerra contra a Igreja Católica” e agora quer “instaurar uma dinastia familiar”. O país também seria uma “ameaça para a segurança” dos Estados Unidos por ter oferecido uma base naval à Rússia.
Milei foi elogiado por Rubio durante a sabatina. O aliado de Trump afirmou que o mandatário “é um economista sério e está tomando medidas necessárias”.
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