Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos em cerimônia realizada em Washington, a capital do país, nesta segunda-feira 20. Diante de ex-mandatários como Bill Clinton, George W. Bush, Barack Obama e, agora, Joe Biden, o republicano subiu ao palco e proferiu um discurso de posse marcado pela disseminação das ideias que viabilizaram sua vitória eleitoral.
Defendendo retomar o que chamou de “era de ouro dos Estados Unidos”, ele prometeu intensificar o controle na fronteira sul do país e disse que incentivará o uso de petróleo como fonte energética. Também criticou as políticas públicas em defesa dos direitos LGBTQIAP+ e indicou que desestimulará os gastos dos EUA na defesa de outros países.
“A era de ouro dos Estados Unidos começa neste momento”, afirmou Trump. “Deste dia em diante, nosso país florescerá e será respeitado novamente em todo o mundo. Seremos a inveja de todas as nações e não permitiremos que tirem vantagem de nós por muito tempo.”
A volta de Trump ao poder foi cercada da ambientação messiânica que o republicano usou para descrever seu triunfo eleitoral. Na cerimônia de posse, disse que sua vida “foi salva por Deus para tornar os EUA grandes novamente”.
Ao criticar as medidas de transição energética para frear os efeitos da crise climática, disse que, sob seu governo, os norte-americanos poderão comprar “qualquer carro”. Ele indicou que os seus quatro anos na Presidência servirão para estimular a produção de petróleo.
Apesar de ter começado o discurso agradecendo pela presença dos ex-presidentes, o republicano não se intimidou ao criticar a gestão de Biden e Kamala Harris, dizendo que foi “um governo que não consegue administrar nem mesmo uma crise simples em casa”. Sem recuar, Trump destacou os problemas de inflação pelos quais o país passou, atribuindo o fenômeno ao mandato democrata.
Ele também sinalizou positivamente a aliados políticos, indicando que pretende restaurar o direito à “livre expressão” nos EUA, revogando todas as “formas de censura” no país. Ele não indicou, porém, que ferramentas de censura estariam em vigor.
Imigração
Um dos eixos mais importantes da retórica política de Trump é o combate à imigração ilegal. No discurso de posse, prometeu expulsar “todos que entrarem de forma ilegal” no país, confirmando que assinará uma ordem executiva para declarar emergência nacional na fronteira norte-americana.
Ele também disse que pretende “retomar o controle” do Canal do Panamá, que seria renomeado como Canal da América.
“Nossa soberania será recuperada, nossa segurança será restaurada, as balanças da justiça serão reequilibradas”, afirmou.
Cidadania
Em seu discurso, Trump foi direito ao afirmar que o país, a partir de agora, terá “dois gêneros: o feminino e o masculino”. Trumpistas presentes aplaudiram o novo presidente, mas Biden e Kamala, por exemplo, assistiram impassíveis ao trecho.
Outra medida anunciada por Trump é a reintegração de funcionários públicos que foram dispensados por não apresentarem comprovantes de vacinas contra a Covid. Ele prometeu fazer com que os salários suspensos voltassem a ser pagos.