Conforme noticiado pelo portal norte-americano de notícias Politico, nesta quinta-feira (27), o governo de Donald Trump quer reduzir do Departamento de Estado dos EUA. A redução resultaria em um menor número de diplomatas, embaixadas e consulados (e respectivos funcionários) dos EUA ao redor do mundo.
Segundo Politico, a administração Trump “parece determinada a focar o departamento em áreas como acordos governamentais transacionais, salvaguardando a segurança dos EUA e promovendo o investimento estrangeiro na América”, afirmando que “isso significa cortar ou eliminar agências que promovem iniciativas tradicionais de soft power — como aquelas que promovem a democracia, protegem os direitos humanos, apoiam a pesquisa científica ou, em geral, fomentam a boa vontade no exterior”, isto é, aquelas vinculada ao até então setor principal do imperialismo.
O portal de notícias afirma que “as mudanças representariam uma reestruturação histórica” do Departamento de Estado “cujo trabalho e escopo se expandiram ao longo das décadas para incluir uma variedade de esforços para reforçar a influência americana no exterior”.
Aqueles que se opõem às reformas dizem que “podem prejudicar os EUA a longo prazo”, conforme Politico. Por outro lado, os que defendem as medidas, afirmam que levariam “a um Serviço Exterior mais focado, mas ainda flexível, que atenderia melhor aos interesses dos EUA”, conforme noticia o órgão de imprensa, citando fala do senador republicano James Risch, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, que declarou que “mudanças substanciais no Departamento de Estado são necessárias para reduzir a burocracia federal inchada”, e que, ao tratar pessoalmente com o órgão, teria se deparado com “desafios de um Departamento de Estado indiferente e desdenhoso”.
Embora ainda não tenha sido formalizado o número de consulados ou embaixadas a serem fechados, Marco Rúbio, secretário de Estado, estaria disposto a fechar um número significado, conforme Politico, que cita ter obtido uma lista de “potenciais consulados que poderiam ser cortados”, nomeadamente “Rennes, Lyon, Estrasburgo e Bordeaux, na França; Dusseldorf, Leipzig e Hamburgo, na Alemanha; Florença, Itália; Ponta Delgada, Portugal; e Belo Horizonte, Brasil”.