O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira (19), uma recompensa de até US$ 10 milhões (cerca de R$ 60 milhões) por informações que ajudem a desarticular canais de financiamento do grupo libanês Hezbollah na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Segundo a Embaixada dos EUA no Brasil, a organização utiliza diversas atividades ilícitas para arrecadar fundos na região.
De acordo com as autoridades estadunidenses, o grupo terrorista estaria envolvido em uma ampla gama de crimes na região, incluindo:
– Lavagem de dinheiro;
– Tráfico de drogas;
– Contrabando de carvão e petróleo;
– Comércio ilegal de diamantes;
– Transporte clandestino de moedas;
– Falsificação de documentos e cédulas de dólar.
A organização também manteria negócios legítimos na América Latina, como empresas de construção civil, importação/exportação e transações imobiliárias, que serviriam para lavar dinheiro e financiar suas atividades.
Programa de recompensas
O programa “Rewards for Justice”, responsável pela oferta da recompensa, tem histórico de sucesso no combate ao financiamento de organizações terroristas.
Desde sua criação, já distribuiu mais de US$ 250 milhões a informantes cujas pistas ajudaram a neutralizar ameaças à segurança nacional estadunidense.
Desta vez, o foco está em informações que possam levar à identificação de doadores, instituições financeiras cúmplices, empresas de fachada e quaisquer outros mecanismos utilizados para canalizar recursos ao grupo.
O que o Hezbollah
O Hezbollah (“Partido de Deus” em árabe) é uma organização xiita fundada em 1982 no Líbano, com braço político e militar. Surgiu como resposta à ocupação israelense do sul do Líbano e recebeu apoio inicial do Irã após a Revolução Islâmica de 1979.
Segundo o Departamento de Estado dos EUA, o Irã continua sendo o principal financiador do grupo, fornecendo “a maior parte de seu financiamento, treinamento, armas e explosivos, bem como ajuda política, diplomática, monetária e organizacional”. A organização também mantém diversas fontes alternativas de financiamento por meio de atividades legais e ilegais em várias partes do mundo.
Conheça as redes sociais do DCM:
Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line
