O governo Trump acumula polêmicas. Desta vez, o presidente dos Estados Unidos declarou que tem a intenção de retirar todos os palestinos da Faixa de Gaza e, após o término da guerra, assumir o controle e poder de todo o território.
Já nesta quinta-feira (06), Trump tornou a falar sobre seu plano de que os EUA tomem o território, fazendo com que os moradores sejam “reassentados em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas na região” do Oriente Médio e transformar a Faixa de Gaza “em um dos maiores desenvolvimentos do tipo na Terra”, uma Riviera em Gaza.
“Eles realmente teriam uma chance de serem felizes, seguros e livres. Os EUA, trabalhando com grandes equipes de desenvolvimento de todo o mundo, começariam lenta e cuidadosamente a construção do que se tornaria um dos maiores e mais espetaculares desenvolvimentos desse tipo na Terra. Nenhum soldado dos EUA seria necessário! A estabilidade para a região reinaria!!!”, escreveu o presidente em seu perfil na rede social Truth Social.
Um dia após a fala ter repercutido por todo o mundo, Karoline Leavitt, a porta-voz da Casa Branca voltou atrás na declaração e informou que o presidente teria sido mal interpretado, na verdade o deslocamento dos moradores locais não seria permanente e que o governo dos EUA não pagaria pela reconstrução de Gaza.
A declaração e anúncio de Trump foi dada ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, porém, ainda não se sabe se a medida é uma estratégia consensual entre os dois, ou apenas uma iniciativa do presidente estadunidense.
Netanyahu se pronunciou sobre o caso e declarou que não vê nada de errado nesta medida. “Quero dizer, o que há de errado nisso? Eles podem partir, podem voltar, podem se mudar e voltar. Mas é preciso reconstruir Gaza(…) Esta é a 1ª boa ideia que ouvi. É uma ideia notável e acho que deveria ser realmente perseguida, examinada, perseguida e realizada, porque acredito que criará um futuro diferente para todos”, afirmou Netanyahu, em entrevista à Fox News.
A ONU disse que a remoção involutária de um povo de sua terra é ilegal.
Entretanto, na manhã de hoje, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, mandou uma ordem para as Forças Armadas que preparasse um plano de “saída voluntária” dos moradores da Faixa de Gaza.
“Dei instruções para preparar um plano que permita a saída de qualquer residente de Gaza que deseje, para qualquer país que queira aceitá-los (…) O plano incluirá opções de saída através de passagens terrestres, bem como arranjos especiais para saídas por mar e ar”, disse Katz em um post na rede social X.
*Com informações do portal G1.