Em um plano de Donald Trump para desmantelar a Educação e os Direitos Humanos nos Estados Unidos, o presidente norte-americano já cortou US$ 881 milhões de dólares em contratos de pesquisa no início desta semana, sendo mais de US$ 100 milhões deles ligados à pesquisas de diversidade, equidade e inclusão.
A decisão do cortes dos contratos partiu de ninguém menos que o bilionário Elon Musk, que comanda o Departamento temporário de Eficiência Governamental do governo Trump. As ações iniciais foram rápidas e significativas, interrompendo inúmeros projetos e serviços de pesquisa.
Os contratos cancelados são do Instituto de Ciências Educacionais e, de 89 destes contratos cancelados, 29 deles envolvem temáticas de pesquisa de direitos humanos, mais especificamente a redução de desigualdades raciais, de gênero e de pessoas com deficiência.
Além destes, a coleta de dados sobre os Orçamentos em educação, pesquisas sobre a escassez de professores e outros balanços e fiscalizações também foram cortados.
Mas além do corte drástico das pesquisas, a Secretaria de Educação de Trump, comandada pela Secretária Linda McMahon, também acenou para dezenas de medidas como parte da estratégia dos EUA de desmantelar a pasta de Educação no país.
Assim como outros setores do governo Trump, já foram afastados de seus cargos os funcionários contratados em cotas de diversidade, equidade e inclusão na Educação.
A medida já havia sido adotada em decreto que inclui todas as agências de governo dos EUA [relembre aqui]. Além do afastamento dos funcionários, McMahon também informou que pedirá a revisão de todos os subsídios e contratos feitos com as áreas de inclusão, e removeu e arquivou dos portais do Departamento de Educação todos os documentos relacionados à inclusão e equidade.
Durante a sabatina de McMahon para o cargo pelo Senado, nesta quinta-feira (14), os parlamentares norte-americanos questionaram e pressionaram a nova Secretária sobre o fim da pasta de Educação. Em resposta, ela confirmou que a Secretaria de Educação seria, efetivamente, derrubada.
Durante audiência com os senadores, ela confirmou que trabalhará ao lado de Donald Trump para acabar com o Departamento de Educação do governo dos EUA, tornando a área uma responsabilidade exclusiva dos estados.
“Eu realmente sou totalmente a favor da missão do presidente, que é devolver a educação aos estados. Eu acredito, assim como ele, que a melhor educação está mais perto da criança e não em Washington, DC”, afirmou McMahon.
Com informações da Times, ProPublica, ABC News e agências de notícias norte-americanas.