
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Donald Trump estaria disposto a “usar meios militares” para “proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, em referência à provável condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A afirmação foi feita nesta terça-feira (9), durante uma coletiva de imprensa, após a pergunta do repórter Michael Shellemberger, do site Public News. Na ocasião, ele questionou ações adicionais se Bolsonaro for condenado.
Karoline acrescentou ainda que “a liberdade de expressão é a questão mais importante dos nossos tempos” e é levada muito a sério pelo chefe de Estado norte-americano.
No momento, “não há nenhuma ação adicional” contra o governo brasileiro.
Resposta
Na noite desta terça-feira, o governo brasileiro condenou o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia.
“O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania. O governo brasileiro repudia a tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais”, informou o Ministério das Relações Exteriores em nota.
A declaração causou rechaço ainda da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman.
“Não bastam as tarifas contra nossas exportações, as sanções ilegais contra ministros do governo, do STF e suas famílias, agora ameaçam invadir o Brasil para livrar Jair Bolsonaro da cadeia. Isso é totalmente inadmissível”, disse a ministra.
Gleisi pediu ainda a cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal radicado nos EUA, que atua por sanções ao país em represália ao julgamento do pai, Jair.
“Ainda dizem que estão defendendo a ‘liberdade de expressão’. Só se for a liberdade de mentir, de coagir a Justiça e de tramar golpe de Estado; estes sim, os crimes pelos quais Bolsonaro e seus cúmplices estão sendo julgados no devido processo legal”, acrescentou.
*Com informações do g1 e da Agência Brasil.
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