Uma das dúvidas para 2025 é como se comportará o neoprotecionismo norte-americano anunciado por Donald Trump. Ele ameaçou com taxas de importação produtos de países que mantenham grandes saldos comerciais com os Estados Unidos.

O Brasil não se enquadra aí. Nos últimos anos, acumulou déficits comerciais com os EUA, que só foi reduzido em 2025. Em 2012, foram US$ 13,9 bilhões de déficit; em 2023, de US$ 1 bilhão e no ano passado de apenas US$ 253 milhões.

Em outros tempos, o aço brasileiro enfrentou barreiras tarifárias. De dez anos para cá, a pauta de exportações se diversificou bastante. As exportações brasileiras saltaram de US$ 27 bi para US$ 40 bilhões.

O maior salto foi em produtos industriais elaborados, que saltaram de US$ 10,9 bilhões para US$ 15,4 bilhões. Entram nessa classificação o aço laminado, óleos orgânicos e produtos químicos.

Outro bom aumento foi em combustíveis e lubrificantes básicos, que saltaram de US$ 3,4 bi para US$ 5,8 bilhões. E também bens de capital, pulando de US$ 1,4 bilhão para US$ 3,2 bilhões.

O terremoto cambial

Ontem o dólar caiu para R$ 6,02 e o BOFA (Bank of America) recomendou investir no Brasil. Mas é uma paz passageira. Como diz um operador que participou ativamente do jogo cambial dos últimos dias, os especuladores estão engolindo o sangue depois de duas porradas seguidas. Nas que custaram R$ 190 bilhões de reais ao país. Houve uma entrada de dólares pela promessa de alta de 3 pontos na Selic.

Mas a situação continua complexa. Na explicação de um operador, o Banco Central puxou o país do precipício pelos cabelos. Se nada for feito, em breve voltará o quadro especulativo ameaçador.

O BC não vê nenhuma possibilidade de regulações restritivas nessa era das criptomoedas.

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Last Update: 10/01/2025