Desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto/reprodução internet), decretou o aumento das tarifas sobre aço e alumínio de 25% para 50%, com vigência imediata a partir desta quarta (4), aumentou a tensão comercial e pressiona parceiros estratégicos como Brasil, Canadá e México, os principais exportadores desses insumos para os EUA. A decisão ocorre às vésperas do prazo de 9 de julho, quando Washington pretende concluir negociações bilaterais sobre tarifas recíprocas. A escalada tarifária deve acirrar disputas na OMC e testar os limites da autoridade presidencial para impor barreiras unilaterais. Enquanto isso, países como o Reino Unido já negociaram isenções. O impacto sobre a cadeia industrial americana, dependente de matérias primas importadas e da resposta dos parceiros comerciais, que devem definir os próximos capítulos dessa nova rodada protecionista.
Imposto da vingança
Donald Trump pode, em breve, ter um “IOF” para chamar de seu. A Câmara dos EUA aprovou uma proposta orçamentária que inclui a chamada Section 899, prevendo uma nova taxação sobre rendimentos de estrangeiros, apelidada de revenge tax. A alíquota de 3,5% incidiria sobre remessas ao exterior, atingindo governos, empresas e pessoas físicas — inclusive brasileiros que investem em renda fixa nos EUA ou compram títulos do Tesouro. A medida mira países que adotaram a Digital Services Tax para tributar Big Techs, como o Brasil pretende fazer. Bancos centrais, hoje isentos desde a era Reagan, também podem ser afetados. A Casa Branca apoia o projeto, batizado de One Big Beautiful Bill Act, mas Wall Street alerta: a nova regra pode afugentar investidores e encarecer o financiamento do déficit público americano. O texto ainda precisa passar pelo Senado, onde são esperadas mudanças antes do prazo final, em 4 de julho.