O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta quinta-feira 13, ter decidido impor “tarifas recíprocas” a outros países, abrindo novas frentes em sua ofensiva comercial.
Ele ordenou que seus assessores calculem novas taxas sobre diversos países, levando em conta as abordagens econômicas aplicadas por parceiros comerciais dos norte-americanos.
A medida, segundo o jornal The New York Times, pode incluir não apenas as tarifas impostas por países a produtos dos Estados Unidos, mas tributos desses governos sobre produtos estrangeiros, subsídios a indústrias e taxas de câmbio, por exemplo.
Trump alegou nesta quinta se tratar de uma ação necessária para lidar com relações supostamente injustas contra os Estados Unidos, mas evidenciou que seu objetivo é fazer com que empresas voltem a fabricar em território norte-americano.
“Se você fabrica seu produto nos Estados Unidos, não há tarifas”, enfatizou, em uma declaração no Salão Oval. “Se nos impuserem uma tarifa ou imposto, nós impomos exatamente o mesmo nível de tarifa ou imposto. É simples assim.”
A nova medida de força também pode viabilizar negociações com alguns países para reduzir o que a Casa Branca vê como barreiras.
Mais cedo, em uma publicação em sua rede Truth Social, Trump já havia anunciado o novo ocapítulo de seu ataque comercial: “Três semanas fantásticas, talvez as melhores de todos os tempos, mas hoje é o grande dia: tarifas recíprocas!!!”.
A ideia de nivelar tarifas alfandegárias seria um golpe para alguns países emergentes, como o Brasil e a Tailândia, que impõem altas tarifas para proteger suas economias.
A Índia, cujo primeiro-ministro, Narendra Modi, visita a Casa Branca nesta quinta, aplica 25% sobre os carros americanos, o que significaria que os Estados Unidos poderiam fazer o mesmo com os veículos indianos.
Trump já anunciou tarifas adicionais de 10% sobre produtos chineses e de 25% sobre alumínio e aço importados.