O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu nesta terça-feira (21) perdão presidencial a Ross Ulbricht, criador do controverso site de venda de drogas Silk Road, que havia sido condenado à prisão perpétua em 2015. A informação foi divulgada pela agência Reuters.
Ross Ulbricht foi preso em flagrante em 2013, em uma biblioteca de Nova York. Na ocasião, autoridades encontraram um notebook com o painel de administração do Silk Road aberto, além de registros de conversas relacionadas à gestão do site.
Segundo os procuradores dos EUA, o Silk Road foi utilizado por mais de 100 mil pessoas, movimentando cerca de US$ 214 milhões em vendas de drogas por meio da criptomoeda bitcoin. O site operava na rede Tor, que oferece anonimato aos usuários, dificultando a identificação das transações.
A decisão de Trump atende a uma promessa de campanha de reverter o resultado de casos emblemáticos no país. Em sua declaração, o republicano criticou os responsáveis pela condenação de Ulbricht, afirmando: “A escória que trabalhou para condená-lo eram alguns dos mesmos lunáticos que estavam envolvidos na moderna instrumentalização do governo contra mim”.
Ulbricht admitiu ter criado o Silk Road, mas alegou, por meio de sua defesa, que a intenção inicial era criar um “site de livre mercado”. Sua equipe jurídica afirmou que ele transferiu o controle da plataforma a terceiros e foi atraído de volta como bode expiatório.
Contudo, os procuradores alegaram que Ulbricht tomou medidas extremas para proteger o site, incluindo ordens de assassinato contra possíveis ameaças. Mensagens obtidas em seu computador indicaram que ele tentou contratar matadores de aluguel sob o codinome Dread Pirate Roberts, algo que ele nega.
Após ser fechado pelo FBI em outubro de 2013, o Silk Road ressurgiu como Silk Road 2.0, operado por outra equipe. Essa nova versão foi desativada em novembro de 2014, com a prisão de Blake Benthall, apontado como administrador.
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