O governo do presidente norte-americano Donald Trump anunciou, na noite de ontem (11), a isenção de tarifas “recíprocas” sobre uma gama de produtos eletrônicos importados. A decisão, publicada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (U.S. Customs and Border Protection, em inglês), abrange smartphones, computadores, discos rígidos, processadores e chips.
A medida surge em um período de acirramento das tensões comerciais entre Washington e Pequim. A semana foi marcada por uma série de anúncios de elevação progressiva das taxas de importação, um movimento desencadeado pelo “tarifaço” de Trump, divulgado no dia 2.
Um ponto central para a decisão é a constatação de que a produção de eletrônicos de consumo de grande demanda geralmente não ocorre nos Estados Unidos e a criação de uma cadeia produtiva doméstica para esses itens levaria anos. Empresas líderes do setor tecnológico, a exemplo da Apple, mantêm suas principais linhas de produção na China.
Nesse contexto, a nova diretriz exclui especificamente esses produtos da tarifa de até 145% imposta sobre mercadorias chinesas e da taxa de 10% aplicada globalmente a importações de diversos outros países.
Segundo informações da Bloomberg, a isenção tem como objetivo principal beneficiar gigantes tecnológicas que mantêm laços com os EUA, Além de mitigar o impacto financeiro sobre os consumidores americanos.