Nesta segunda (20), o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou mais de 80 ordens executivas. Dentre elas, estava o cancelamento das sanções contra colonos israelenses, isto é, milícias fascistas que compõem o setor mais extremista do sionismo.

No dia anterior, domingo (19), dia em que entrou em vigor o cessar-fogo na Faixa de Gaza, com a libertação dos primeiros prisioneiros (palestinos e israelenses), milícias de colonos realizaram mais um ataque contra palestinos na Cisjordânia. As hordas fascistas incendiaram residências e veículos de palestinos nas aldeias de Al-Funduq e Jinsafut, a leste da cidade de Qalqilya.

A decisão de Trump foi bem recebida por Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de “Israel” e líder do partido Sionismo Religioso, uma extrema-direita ainda pior que Benjamim Netaniahu e seu partido Licude. Smotrich agradeceu, via X, “sinceramente ao presidente Donald Trump por sua justa decisão de suspender as sanções impostas pelo governo Biden contra colonos e ativistas em organizações de direita”.

No mesmo sentido, a decisão foi saudada por outro fascista do movimento sionista religioso, Itamar Ben-Gvir, ex-ministro da Polícia de “Israel”, e líder do partido fascista Poder Judeu. Segundo ele, “a decisão histórica do novo presidente dos EUA, Donald Trump, de suspender as sanções impostas pelo governo Biden aos colonos da Judeia e Samaria” corrigiu uma injustiça. Ressalta-se que Ben-Gvir renunciou ao seu posto, e retirou os parlamentares do Poder Judeu da coalizão governista por causa do cessar-fogo, ao qual ele se opõem, assim como Smotrich e a base de apoiadores de ambos os partidos.

Conforme noticiado pelo órgão de imprensa The Cradle, Trump é popular entre os colonos fascistas, em razão de ter, em seu último mandato, reconhecido uma ilegitima soberania de “Israel” sobre as Colinas de Golã (outrora da Síria e agora ocupada pela entidade sionista), bem como pela mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém. The Cradle também noticia que Trump tende a apoiar fortemente o avanço do sionismo sobre a Cisjordânia, algo que vem sendo amplamente noticiado.

Nesse sentido, foi noticiado em diversos órgãos de imprensa no dia 12 de janeiro, que, a convite do governo, lideranças dos colonos fascistas iriam estar presentes na posse de Trump, dentre os quais o chefe do Conselho Regional de Binyamin, Israel Gantz, que lidera a Yesha; o chefe do Conselho Regional de Samaria, Yossi Dagan, e a chefe de relações exteriores da Yesha, Eliana Passentin, uma nativa da Califórnia, entre outros, conforme noticiado pelo The Times of Israel.

Mostrando a tendência de intensificação dos ataques de “Israel” contra a Cisjordânia, no dia 17 de janeiro o ministro da Defesa da entidade sionista, Israel Katz, determinou o fim das prisões administrativa para colonos, assim como a liberação de todos os que estavam detidos, ddeixando explícito que decisão foi tomada para que os sionistas se preparem para atacar a Resistência Palestina na Cisjordânia, que será reforçada com a libertação de combatentes palestinos, em decorrência do vitorioso acordo feito pelo Hamas.

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Last Update: 21/01/2025