O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu que os palestinos da Faixa de Gaza sejam transferidos para o Egito ou a Jordânia, para que seja feita “uma limpeza” na região.
Em entrevista, Trump afirmou que o território foi transformado em um local de demolição, onde as pessoas estão morrendo. Na sua avaliação, seria melhor se envolver com outras nações árabes, a fim de construir moradias em outro local, onde os palestinos poderiam viver em paz. “Estamos falando de um milhão e meio de pessoas, e nós apenas limpamos tudo isso.”
No último sábado (25), o presidente norte-americano conversou com o rei Abdullah da Jordânia, para que o país aceite os palestinos, uma vez que Gaza está “uma bagunça”.
Neste domingo (26), o chefe da Casa Branca deve repetir o discurso por telefone com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi pelo telefone.
Apesar de demonstrar uma “aparente preocupação” com a vida dos palestinos, Trump anunciou a liberação de duas mil bombas a Israel, que foram vetadas por Biden devido à capacidade de danificar concreto e metal espessos.
Reconstrução
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), lançado em janeiro, apontou que a remoção dos mais de 50 milhões de toneladas de escombros em Gaza deve custar até US$ 1,2 trilhão (o equivalente a R$ 7,2 trilhões) e levar mais de 21 anos.
Além do processo de reconstrução que pode se arrastar por décadas, a população pode sofrer ainda de doenças crônicas, como câncer e asbestose (doença pulmonar), tendo em vista a exposição ao amianto – material utilizado para construir os campos de refugiados.
As autoridades locais informaram que os ataques israelenses a Gaza mataram mais de 47 mil palestinos, a maioria deles mulheres e crianças. O desafio agora é tratar os mais de 111 mil feridos em um sistema de saúde colapsado.
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