
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou planos táticos para um possível ataque militar contra o Irã, segundo o jornal The Wall Street Journal e a emissora CBS News. De acordo com as reportagens, a ofensiva só não foi autorizada ainda porque ó republicano aguarda um posicionamento definitivo do governo iraniano sobre o abandono do programa nuclear.
Fontes do alto escalão citadas pela imprensa americana afirmam que o presidente colocou como condição para evitar a ação militar o desmonte completo da iniciativa nuclear do Irã. Caso essa exigência não seja atendida, o ataque pode ser colocado em prática a qualquer momento, aumentando o risco de uma guerra aberta entre os dois países.
Especialistas avaliam que o envolvimento dos EUA no conflito entre Israel e Irã parece cada vez mais provável. A aliança histórica entre Washington e Tel Aviv e a retomada da política de “pressão máxima” contra Teerã por parte de Trump são apontadas como elementos centrais dessa escalada. Nas redes sociais, o uso do termo “nós” em postagens sobre a defesa do espaço aéreo iraniano gerou ainda mais especulações.
A movimentação militar dos Estados Unidos reforça essa leitura. Caças, bombardeiros e navios especializados em desminagem foram deslocados para o Oriente Médio, em uma ação considerada por analistas mais que simbólica. “É uma preparação clara para um conflito de grandes proporções, inclusive naval”, explicou Maurício Santoro, cientista político e colaborador da Marinha do Brasil, ao g1.

Nesta quarta (18), ao ser questionado por jornalistas durante uma coletiva sobre um eventual ataque, Trump respondeu: “Não posso dizer ainda”. Horas depois, em uma tentativa de rebater a repercussão da imprensa, escreveu em sua rede social: “O Wall Street Journal não tem ideia do que penso sobre o Irã”.
O aceno militar americano ocorre em meio à guerra entre Israel e Irã, que vêm trocando ataques desde a última semana. A Casa Branca começou a reforçar a presença de tropas na região e intensificar os diálogos internos sobre uma possível intervenção.
Em reação à possibilidade de uma ofensiva, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta quarta que qualquer ataque dos Estados Unidos terá “consequências sérias e irreparáveis” e prometeu uma resposta imediata.