“O presidente Xi [Jinping] e eu vamos trabalhar juntos para abrir a China ao comércio americano. Isso seria uma grande vitória para ambos os países”, disse o presidente dos Estados, Donald Trump, em publicação na Truth Social nesta quarta-feira 11, indicando que Washington e Pequim finalmente teriam chegado a uma trégua na disputa comercial.
Já na noite da última terça-feira 10, o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, sinalizou que as negociações entre as duas potências, que duravam semanas, levaram à elaboração de uma “estrutura” para o acordo.
Trump diz que a China “fornecerá, antecipadamente, todos os ímãs e quaisquer terras raras necessárias”. “Da mesma forma, fornecemos à China o que foi acordado, incluindo estudantes chineses utilizando nossas faculdades e universidades”, afirmou o republicano.
Ainda não há detalhes oficiais sobre os termos do acordo entre China e Estados Unidos, até porque o gigante asiático não confirmou o acerto.
A imprensa norte-americana, apoiada em relatos de autoridades com trânsito no processo de negociação, diz que os Estados Unidos passariam a aplicar uma tarifa de 55% sobre importações de produtos chineses, enquanto a China recorreria a uma taxação de 10%. Trump detalhou esses percentuais em postagem nas redes sociais, dizendo que a relação entre os dois países seria “excelente”.
Esse índice de 55% seria a soma de uma tarifa recíproca de 10% (aplicada pelo governo Trump a praticamente todos os países), mais 20% por causa de uma punição aplicada pelos EUA a países que supostamente facilitariam o fluxo de fentanil, além das tarifas de 25% já existentes sobre importações chinesas.
O caso das terras raras sempre foi objeto de disputa entre os dois países. Basicamente, elas são elementos químicos de complexo processamento, usados para a fabricação de um sem-fim de itens. A China é dominante nesse mercado e, diante da disputa comercial com os EUA, havia decidido restringir a exportação nesse campo.