Casa Branca fecha sites oficiais, remove jornalistas críticos e amplia espaço para influenciadores aliados, consolidando controle sobre a comunicação governamental.Casa Branca restringe credenciais de jornalistas, fecha sites institucionais, amplia acesso de influenciadores aliados ao governo e endurece medidas contra veículos de mídia críticos.Casa Branca restringe credenciais de jornalistas, fecha sites institucionais e amplia acesso de influenciadores aliados ao governo.

O governo de Donald Trump intensificou sua ofensiva contra a imprensa tradicional ao revogar credenciais de jornalistas da Casa Branca, remover veículos de mídia do Pentágono e ampliar o acesso de influenciadores conservadores ligados a Elon Musk.

Paralelamente, 8.000 sites oficiais do governo foram desativados ou alterados, eliminando informações sobre saúde, direitos humanos e políticas públicas.

A remoção de sites governamentais afetou páginas de hospitais, pesquisas científicas e programas sociais, dificultando o acesso da população a informações essenciais.

Centros de Controle de Doenças (CDC) tiveram dados sobre HIV e saúde LGBTQ+ removidos, atendendo a ordens diretas de Trump. Organizações médicas alertam para os riscos dessa medida na gestão de doenças infecciosas e controle de epidemias.

Enquanto restringe informações institucionais, o governo abriu credenciamento para influenciadores, podcasters e criadores de conteúdo participarem das coletivas da Casa Branca. Mais de 12 mil influenciadores já solicitaram credenciais, incluindo comunicadores alinhados ao governo.

Especialistas apontam que a substituição da mídia tradicional por comunicadores sem compromisso com a ética jornalística pode levar à manipulação da informação.

A ofensiva contra a imprensa inclui a remoção do New York Times, da NBC, da NPR e do Politico dos escritórios do Pentágono, substituindo-os por Breitbart, One America News Network e New York Post, veículos favoráveis ao governo.

A Associação de Imprensa do Pentágono criticou a medida como um ataque à transparência e ao direito de acesso à informação.

Trump nomeou Darren Beattie para um cargo de alto escalão no Departamento de Estado. Ele era redator de discursos da Casa Branca e foi demitido após a revelação de que havia participado de uma conferência de supremacistas brancos em 2016. Mesmo assim, ele manteve proximidade com círculos conservadores e, mais tarde, foi reabilitado dentro do movimento trumpista, recebendo novos cargos e influência no governo.

Além da reconfiguração da imprensa institucional, Trump iniciou uma ofensiva legal contra veículos de mídia.

A CBS foi pressionada a entregar materiais brutos do programa “60 Minutes”, e uma denúncia contra a emissora foi recuperada pela Comissão Federal de Comunicações (FCC), agora sob controle de um aliado do presidente.

O governo também defende punições para redes sociais que excluam contas conservadoras.

Ao mesmo tempo, Elon Musk se consolidou como peça central na comunicação governamental, transformando o X (antigo Twitter) em um canal oficial para divulgados do governo.

Especialistas apontam que essa mudança centraliza a narrativa estatal e favorece a desinformação.

A Associação Nacional de Imprensa denunciou a ofensiva de Trump como um “apagamento do jornalismo” nos EUA.

Senadores democratas preparam ações para investigar a influência de Musk na reestruturação da mídia governamental, enquanto o caso deve chegar à Suprema Corte, com entidades de mídia alegando que a administração Trump está violando a Primeira Emenda.

O fechamento de sites institucionais segue o mesmo padrão de apagamento da transparência pública iniciado com a dissolução da USAID.

O governo busca concentrar informações apenas em fontes alinhadas, eliminando canais independentes e institucionais.

Essa estratégia é comparada a modelos autoritários de comunicação governamental.

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Last Update: 06/02/2025