O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou a população de Gaza nesta quarta-feira (5), afirmando que todos morrerão caso os reféns restantes da guerra entre Israel e Hamas não sejam libertados. Ele também alertou os líderes do grupo islâmico para que deixem o território enquanto ainda podem.
“Para a população de Gaza: um lindo futuro os espera, mas não se retiverem os reféns. Se o fizerem, estão MORTOS! Tomem uma decisão INTELIGENTE. LIBERTEM OS REFÉNS AGORA, OU HAVERÁ UM INFERNO A PAGAR DEPOIS!”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.
Na mesma publicação, o republicano exigiu que o Hamas “devolva imediatamente todos os corpos das pessoas que assassinou” no ataque contra Israel em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra.
Ele também alertou: “Este é seu último aviso! Para os dirigentes [do Hamas], agora é a hora de sair de Gaza, enquanto ainda têm oportunidade”. Trump ainda declarou que está enviando a Israel todo o apoio necessário para “terminar o trabalho” e garantiu que “nem um único membro do Hamas estará a salvo”.
As declarações ocorrem no mesmo dia em que os Estados Unidos e o Hamas confirmaram contatos diretos.
A ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza foi desencadeada após o ataque de 7 de outubro de 2023 no sul do país, realizado pelo Hamas, que deixou 1.218 mortos. O grupo sequestrou 251 pessoas, levando-as para Gaza como reféns. Segundo o Exército israelense, 58 ainda permanecem cativas, sendo que 34 estariam mortas.
A resposta israelense já provocou ao menos 48.440 mortes em Gaza, a maioria de civis, de acordo com números do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU. Além disso, a guerra gerou um desastre humanitário entre os 2,4 milhões de habitantes da Faixa.
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