
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou a pressão contra o Irã, nesta terça-feira (17), ao afirmar em sua conta no Truth Social que sabe da localização exata de Ali Khamenei, líder do país persa, indicando uma possível participação direta no conflito do Oriente Médio. Já Israel anunciou novos ataques a “alvos significativos” em Teerã.
No post, Trump afirmou que sabe exatamente onde Khamenei “está se escondendo” e que o líder iraniano é um “alvo fácil”, mas garantiu que os EUA não o atacarão “por enquanto”. “Nossa paciência está se esgotando”, advertiu.
As declarações ocorreram após o republicano deixar antecipadamente a reunião do G7 no Canadá, citando a necessidade de lidar com uma questão “muito maior” do que um acordo temporário com o Irã.
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Já o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou que o país atacará “alvos muito significativos” em Teerã nesta terça e pediu que civis evacuem áreas estratégicas. Um porta-voz militar israelense afirmou que os bombardeios às instalações nucleares iranianas estão “se aprofundando” diariamente.
Imagens de satélite sugerem danos ao complexo de enriquecimento de urânio em Natanz, embora não haja confirmação sobre o estado da usina subterrânea de Fordow.
Trump atribuiu a superioridade aérea israelense ao equipamento militar americano, declarando: “Agora temos controle total dos céus sobre o Irã”. Enquanto isso, o porta-aviões USS Nimitz foi enviado ao Oriente Médio antes do previsto, marcando o primeiro grande movimento militar dos EUA desde o início dos ataques.
A escalada do conflito já afeta a economia regional. A Israel Oil Refineries Ltd. anunciou o fechamento de sua principal refinaria após bombardeios que mataram três funcionários, o que pode levar a escassez de combustível no país. Os preços do petróleo subiram, e o Catar orientou navios de gás natural a aguardarem fora do estratégico Estreito de Ormuz devido ao aumento das tensões.
Enquanto Israel busca maior apoio dos EUA, Trump sinalizou que pode enviar negociadores de alto escalão, como o vice-presidente JD Vance, mas condicionou qualquer diálogo a mudanças na postura iraniana. “Eu disse que eles deveriam ter feito o acordo. Então não sei. Não estou muito inclinado a negociar”, afirmou.