
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta (22) que pode intervir na segurança de Chicago, Nova York e São Francisco, cidades comandadas por prefeitos do Partido Democrata. Ele afirmou que a ação seria semelhante à adotada em Washington, onde determinou a federalização da segurança desde o início de agosto.
“Chicago, provavelmente, será a próxima cidade que tornaremos segura. Então ajudaremos com Nova York. Podemos fazer uma limpa em San Francisco também”, disse Trump à imprensa após pronunciamento no Salão Oval.
O presidente não especificou quando as possíveis intervenções ocorreriam nem apresentou dados sobre os índices de violência das cidades citadas. Trump também voltou a atacar o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, dizendo que a cidade “está uma bagunça” e que ele é “extremamente incompetente”.
As demais cidades ameaçadas por Trump também são chefiadas por democratas: Eric Adams é o chefe do Executivo de Nova York, enquanto Daniel Lurie comanda o posto em São Francisco.

Ao anunciar a intervenção federal em Washington no início do mês, Trump alegou que a ação teria como objetivo combater a violência na cidade e remover pessoas em situação de rua. Ele disse que a capital está vivendo uma “trágica emergência de segurança”.
Mais de 450 pessoas foram presas por agentes federais em Washington desde o início da intervenção. Veículos americanos afirmam que as medidas são uma operação de “embelezamento” das cidades.
A medida tem gerado protestos. Nesta quarta (20), o vice-presidente do país, JD Vance, foi vaiado e xingado ao distribuir hambúrgueres a soldados mobilizados em Washington. Na ocasião, ele disse que o local estava tomado por “vagabundos, viciados em drogas, moradores de rua crônicos e doentes mentais”.