
A recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de revogar a autorização da Universidade de Harvard para matricular estudantes estrangeiros gerou ampla repercussão internacional. A medida, anunciada pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) em 22 de maio de 2025, afetaria diretamente cerca de 6.800 alunos internacionais, incluindo mais de 300 brasileiros atualmente vinculados à instituição .
Segundo dados da universidade, há 318 brasileiros em Harvard, sendo 123 estudantes matriculados e 195 pesquisadores (“scholars”). A proibição exigiria que esses alunos se transferissem para outras instituições ou deixassem os Estados Unidos, caso contrário, perderiam seu status legal no país.
Em resposta, Harvard entrou com uma ação judicial contra o governo, alegando que a decisão viola a Constituição dos EUA e os direitos garantidos pela Primeira Emenda. A universidade argumenta que a medida é uma retaliação por ter desafiado exigências políticas do governo, como a entrega de registros disciplinares de alunos e o fim de iniciativas de equidade .
No dia 23 de maio, a juíza federal Allison Burroughs suspendeu temporariamente a decisão do governo, permitindo que Harvard continue a matricular estudantes estrangeiros enquanto o caso é analisado judicialmente. A juíza considerou que a medida governamental poderia causar danos irreparáveis à universidade e aos estudantes afetados .

A decisão do governo Trump gerou apreensão entre os estudantes brasileiros em Harvard. Muitos expressaram sentimentos de incerteza e medo quanto ao futuro. Alguns relataram que a medida representa a “destruição de um sonho” e que estão considerando alternativas, como tirar um ano sabático ou retornar ao Brasil .
A medida também provocou críticas de ex-alunos brasileiros de Harvard, que consideram a decisão uma ameaça à diversidade e à excelência acadêmica da universidade. Eles alertam que a proibição pode afastar estudantes internacionais e comprometer a reputação global da instituição.
A situação permanece em desenvolvimento, e novas atualizações são esperadas conforme o processo legal avança. A comunidade acadêmica internacional acompanha atentamente os desdobramentos, preocupada com os impactos da medida na educação superior dos Estados Unidos e na colaboração científica global.
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