A posse do deputado federal como presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional trouxe um alívio para o governo federal, encerrando um período de atritos.
Mais conciliador e aberto ao diálogo que seu antecessor, o deputado federal, permanecerá no cargo até fevereiro de 2025, quando a bancada elegerá um novo comando. Essa mudança acontece em um momento de grande repercussão em torno do projeto de lei que equipara a interrupção da gravidez após a 22ª semana ao crime de homicídio.
Enquanto o deputado federal é um dos autores do projeto, o novo líder da bancada evangélica adota uma postura mais moderada, afirmando que o projeto precisa de maior tempo de maturação. E além disso, outro ponto de divergência entre os antigos e atuais líderes da bancada evangélica é o projeto de lei que visa regular as redes sociais.
No ano passado, o deputado federal votou pela urgência da tramitação do projeto, enquanto o antigo líder da bancada se opôs. Na ocasião, 18 parlamentares ligados à bancada evangélica espalharam desinformações, alegando que o texto ameaçava a liberdade religiosa no país. Atualmente, como presidente da Comissão de Comunicação, o novo líder da bancada defende a regulamentação das redes sociais e está elaborando um projeto paralelo para regular as big techs.
O novo líder da bancada evangélica e o antigo líder representam alas diferentes da bancada evangélica. O antigo líder é mais próximo do núcleo duro do bolsonarismo, enquanto o novo líder tem aliados mais moderados.
O mandato de presidente da bancada evangélica geralmente dura dois anos. No entanto, no início de 2023, o antigo líder e o novo líder costuraram um acordo para que cada um ocupasse um semestre de cada ano.
Esta é a terceira vez que o deputado federal assume o comando da bancada, tendo presidido no segundo semestre do ano passado e entre 2019 e 2021, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar de ter defendido a reeleição de Bolsonaro, o deputado federal nem sempre vota contra o Palácio do Planalto.
