O partido Trabalhista conquistou uma vitória esmagadora nas eleições gerais britânicas, realizadas na quinta-feira, encerrando 14 anos de políticas neoliberais dos Conservadores. Os Trabalhistas garantiram a maioria parlamentar, com 410 assentos, e podem indicar o próximo primeiro-ministro, o líder Keir Starmer.
O número de cadeiras atingidas pelos Trabalhistas supera com folga o mínimo necessário para assegurar a maioria na Casa, 326 assentos dos 650 disponíveis no Parlamento.
Com o resultado, Keir Starmer, líder dos Trabalhistas, foi nomeado o novo primeiro-ministro do Reino Unido. Durante discurso, ele disse que o mandato exigirá “grande responsabilidade” e prometeu trabalhar imediatamente para melhorar o país.
“Temos que devolver a política ao serviço público. Mostrar que a política pode ser uma força para o bem”, afirmou.
O primeiro-ministro e líder do Partido Conservador, Rishi Sunak, admitiu a derrota, dizendo às pessoas na contagem do seu assento: “Sinto muito”.
“O Partido Trabalhista venceu estas eleições gerais”, disse Sunak, acrescentando que ligou para Starmer para parabenizá-lo e conceder a eleição.
Os Trabalhistas põem fim a um longo período de 14 anos de domínio conservador no Parlamento do Reino Unido, marcado pelo sucateamento do serviço público, da desastrosa saída da União Europeia (Brexit) e do achatamento do poder de compra da classe trabalhadora no país.
Sunak disse que ouviu a raiva e decepção do povo britânico. “Eu dei tudo de mim neste trabalho, mas vocês enviaram um sinal claro de que o governo do Reino Unido precisa mudar, e o julgamento de vocês é o único que importa”.
O premiê do Reino Unido, Rishi Sunak, renunciou ao cargo após a derrota sem precedentes do Partido Conservador nas eleições legislativas britânicas. Ele entregou sua demissão em um encontro de meia hora com o rei Charles III no Palácio de Buckingham, em Londres.
Eleitoralmente, os conservadores obtiveram um dos piores resultados da sua história, com 119 assentos até agora. Os Liberais Democratas ficaram em terceiro lugar com pelo menos 71 deputados, o que representa um ganho de 63 cadeiras na Casa.
O Partido Nacional Escocês deve ter seu número de deputados reduzido de 47 a 9, e o Reform UK, de direita radical, representado por Nigel Farage, que antes não tinha assento no Parlamento, obteve quatro.
O Partido Verde, que só tinha uma cadeira, vai contar agora com quatro deputados, mesmo número de representantes do Partido do País de Gales (Plaid Cymru), que dobrou seu número de assentos.