
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói (RJ), caiu durante uma trilha guiada no Monte Rinjani, em Lombok, na Indonésia. O caso levanta novamente a preocupação com os riscos escondidos nesse destino popular entre turistas e aventureiros. A montanha, conhecida por sua beleza e dificuldade, já foi cenário de diversos acidentes graves.
Nos últimos anos, o Monte Rinjani tem registrado uma série de quedas envolvendo estrangeiros e locais. Em maio de 2025, o montanhista malaio Rennie Bin Abdul Ghani, de 57 anos, caiu em uma ravina de 80 metros após se separar do grupo durante a descida da trilha Torean. Ele não resistiu aos ferimentos. Segundo autoridades do parque, ele não utilizava cordas de segurança.
Outro caso foi o do irlandês Paul Farrel, de 31 anos, que caiu de um penhasco de cerca de 200 metros e sobreviveu com ferimentos moderados. Ele estava sozinho e conseguiu pedir ajuda após encontrar sinal de celular. O resgate foi realizado em uma área de difícil acesso, reforçando os perigos do trajeto.

Também em 2024, o adolescente indonésio Kaifat Rafi Mubarraq, de 16 anos, desapareceu durante uma trilha com amigos. Seu corpo foi encontrado dias depois em uma ravina, após buscas com drones e equipes de resgate. A recuperação foi dificultada pelo mau tempo e pela geografia acidentada da região.
Em agosto de 2022, um israelense de 19 anos morreu ao cair durante uma escalada. O resgate envolveu equipes locais e apoio internacional, com participação do consulado de Israel.
O Monte Rinjani tem 3.726 metros de altitude e está localizado dentro do Parque Nacional Gunung Rinjani. Mesmo com controle de acesso e presença de guias, os riscos persistem. “É fundamental estar física e mentalmente preparado e nunca subestimar o desafio que o Rinjani representa”, alertou Yemen, chefe do Centro de Conservação do parque.