O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) suspendeu os três direitos de resposta a Guilherme Boulos (PSOL) nas redes sociais do coach Pablo Marçal (PRTB). A decisão era da Justiça Eleitoral, que determinou o espaço após as insinuações de Marçal de que Boulos seria usuário de drogas.
O desembargador Encinas Manfré explicou que a suspensão foi determinada até que a ação de difamação apresentada pelo psolista seja apreciada pelo tribunal.
“Embora sem expressar posicionamento definitivo acerca do deslinde dessa propositura recursal, ora concedo o efeito suspensivo objetivado, porque, além das partes (representante e representado) terem recorrido da respeitável sentença, eventual concessão nesta feita poderia importar irreversibilidade dada a possibilidade de iminente veiculação de resposta em redes sociais. Também, à primeira vista, não constato prejuízo ao representante, pois, se for o caso, oportuna e brevemente, poderá ser a ele concedido direito de resposta”, justificou o desembargador.
A defesa do coach apresentou um recurso no TRE, defendendo que o vídeo de resposta de Boulos é desproporcional às ofensas de Marçal, além de ter 11 segundos a mais que o vídeo original do coach.
Para chegar à suspensão do direito de resposta, o juiz Regis de Castilho reconheceu o direito de resposta do candidato do PSOL, mas suspendeu a medida para analisar os recursos enviados ao tribunal, uma vez que a veiculação do vídeo de Boulos poderia representar um perigo de dano irreparável, de difícil reparação e até de irreversibilidade da medida.
Castilho informou nos autos ainda que a decisão está suspensa nesta semana para que o tribunal possa analisar os dois recursos enviados pelas equipes de campanha.
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