Transparência ameaçada no escuro da lei 

Lá vem mais um jabuti escalando o Plenário – dessa vez de toga e pastando no contracheque. Doze entidades da sociedade civil pediram a Lula que vete um trecho espertamente encaixado no projeto sobre crimes contra autoridades do Judiciário. A ideia até parecia nobre: proteger juízes e promotores. Mas, no meio do texto, lá estava ele: o bicho escondido que tenta blindar salários de magistrados e membros do Ministério Público sob o pretexto da “proteção de dados”. Ora, senhores, desde quando transparência ameaça alguém? Isso é retrocesso com toga. A manobra abre brecha para esconder cifras e penduricalhos do holerite de quem deveria dar exemplo. Até a Autoridade Nacional de Proteção de Dados-(ANPD), liderada pelo seu diretor-presidente Waldemar Gonçalves Ortunho Júnior (foto/reprodução internet) – vejam só – assinou a carta contra a tramoia. Se passar, o Brasil não terá justiça mais segura. Terá só mais um privilégio escondido sob a capa da legalidade.

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