
Nesta quinta-feira (22), o Supremo Tribunal Federal (STF) ouvirá o ex-comandante do Exército Júlio Cesar de Arruda. Ele foi indicado como testemunha de defesa do tenente-coronel Mauro Cid, investigado na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado orquestrada por Jair Bolsonaro e seus aliados.
Arruda foi o primeiro comandante do Exército no governo do presidente Lula (PT), mas acabou demitido após 21 dias. A decisão foi motivada pela resistência dele em revogar a indicação de Mauro Cid para o comando do 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia, unidade de elite do Exército.
Na audiência, Arruda poderá esclarecer pontos sobre a atuação do Exército antes e durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi criticado no governo federal por ser contrário à retirada do acampamento em frente ao Quartel General do Exército e por impedir a prisão imediata dos envolvidos.
Além de Cid, Bolsonaro, também réu na mesma ação penal, indicou Arruda como testemunha. O general da reserva deverá abordar aspectos que envolvem a conduta militar no contexto investigado.
As testemunhas de defesa do ex-ajudante de ordens serão as primeiras a serem ouvidas, já que ele firmou um acordo de delação premiada. Também está previsto o depoimento de outras sete pessoas nesta quinta-feira, todas militares.

As audiências começaram nesta semana com depoimentos de testemunhas da acusação indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Entre elas, os ex-comandantes Carlos de Almeida Baptista Júnior e Marco Antônio Freire Gomes, que afirmaram ao STF que Bolsonaro, de fato, discutiu com eles medidas para reverter o resultado das eleições.
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