
Preso na última quarta (14), o narcotraficante Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, apontado como novo número 1 do PCC (Primeiro Comando da Capital), estava foragido há cinco anos e conseguiu espalhar informações falsas para ficar longe do radar da polícia. Ele foi detido na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
No período, Tuta comandou o tráfico de drogas internacional da facção enquanto aliados espalhavam mentiras no Brasil. Uma das informações falsas divulgadas era de que ele havia sido morto por ter ordenado o assassinato de integrantes do PCC.
Outra versão que circulou era de que teria sido expulso do grupo por ter violado regras internas e estaria jurado de morte por faccionados. O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), chama a tática de “contrainformação”.
“Como ele estava muito em evidência e era um dos responsáveis também por planejar o resgate do Marcola, a gente acha que houve um esquema de informações falsas. Eles jogaram essas informações para os próprios integrantes, através de salves, de que ele havia sido morto ou que havia sido expulso para sair do radar”, afirma o promotor.

Ele aponta que a estratégia foi usada pelo próprio PCC “para que ele não fosse incomodado e fosse esquecido pela polícia e pelo Ministério Público”. “Ele coordenava tudo, todos os negócios do PCC. O principal deles é o tráfico de cocaína para Europa. Ele fazia essa ponte da compra, do contato com os fornecedores e do envio dessa droga ao Brasil”, completa.
Tuta foi condenado a 12 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas no Brasil. Segundo o promotor, sua detenção vai gerar danos ao PCC no esquema de tráfico internacional de drogas na América do Sul.
Ele foi entregue à Polícia Federal no Brasil neste domingo (16), na cidade de Corumbá (M), e foi transferido para o presídio de segurança máxima em Brasília, onde cumpre pena Marcola, o número 1 do PCC.
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