Nesta segunda-feira e terça-feira, o Sind-REDE/BH realiza duas atividades da greve dos trabalhadores em educação da Rede Municipal de Belo Horizonte, que continuam mobilizados por negociação, valorização e dignidade. Nesta segunda-feira (30/06), acontece o “Ato da Resistência”, às 14h, e na terça-feira (01/07), será realizada uma Assembleia Geral da categoria, às 9h. Ambas as atividades ocorrem na porta da Prefeitura de Belo Horizonte (Av. Afonso Pena, 1212 – Centro).

A decisão de manter a greve foi tomada por ampla maioria na assembleia da última quinta-feira (26/06), diante da insatisfação com a contraproposta apresentada pela Prefeitura, que manteve o índice de reajuste em apenas 2,49%, sem atender às reivindicações centrais da categoria.

Além do índice irrisório, a categoria também se indignou com a decisão da Prefeitura de abrir as escolas durante a greve apenas para servir almoço e café da manhã, numa tentativa midiática de responsabilizar os trabalhadores por um problema social mais amplo. “Se a ausência de aulas causa insegurança alimentar, isso precisa ser debatido com urgência, já que as escolas não funcionam aos finais de semana e outros membros das famílias seguem desassistidos”, afirma o Comando de Greve.

Campanha “BH Sem Fome”: solidariedade e denúncia

Em resposta à tentativa do prefeito Álvaro Damião de atribuir às escolas a tarefa de resolver o problema da insegurança alimentar na cidade, o Comando de Greve, em parceria com outros sindicatos, lança a campanha “BH Sem Fome!”. A iniciativa vai recolher alimentos não perecíveis na porta da Prefeitura, durante as mobilizações desta segunda e terça-feira, para doação a famílias em situação de insegurança alimentar.

A nossa greve é por valorização, mas também por uma cidade mais justa. Se o prefeito está realmente preocupado com a fome, que amplie os programas de assistência alimentar. A categoria vai mostrar, com solidariedade, que esse debate precisa ser levado a sério”, reforça a direção do Sind-REDE/BH.

Judicialização da greve: tentativa de criminalização é barrada pela Justiça

Na última sexta-feira (29/06), a Prefeitura de Belo Horizonte entrou na Justiça com o objetivo de criminalizar a greve dos trabalhadores em educação. A tentativa foi frustrada, pois a liminar pedida pela PBH foi negada pela Justiça ainda na noite do mesmo dia. A imprensa divulgou que uma audiência de conciliação foi marcada para a próxima quarta-feira (02/07), mas, até o momento, o Sindicato ainda não foi formalmente notificado.

“Temos muita tranquilidade em relação à legalidade da nossa greve e, principalmente, da sua legitimidade. Esperamos que, diante da negativa da liminar, a Prefeitura opte pelo caminho do diálogo e da negociação. Pois esse é o único meio digno e eficaz de colocar fim à greve”, afirmou o Comando de Greve.


Serviço
Ato da Resistência
Segunda-feira, 30 de junho, às 14h
Porta da Prefeitura de Belo Horizonte

Assembleia Geral da Categoria
Terça-feira, 1º de julho, às 9h
Porta da Prefeitura de Belo Horizonte

Durante os dois eventos haverá arrecadação de alimentos da campanha “BH Sem Fome!”

 

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Last Update: 30/06/2025