Trabalhadores da Petrobras aprovaram deflagrar uma greve nacional a partir da próxima segunda-feira 15, devido à falta de acordo nas negociações entre a empresa e a Federação Única dos Petroleiros, que considera “insuficiente” a contraproposta da companhia ao Acordo Coletivo de Trabalho.
Em novembro, os petroleiros já haviam aprovado estado de greve e de mobilização permanente.
Entre os principais pontos em discussão estão a busca por uma solução negociada para o fim dos Planos de Equacionamento de Déficit da Petros. A FUP critica também o reajuste proposto de 0,5% acima da inflação. A Petrobras ofereceu pagar a reposição da inflação do período mais o ganho real de 0,5%, totalizando 5,66%. Os trabalhadores pediam 9,8%, para recompor os anos em que não houve reajuste.
Os sindicatos devem notificar a estatal sobre a paralisação na sexta-feira. Segundo a FUP, as votações continuam até esta quinta-feira 11, mas as aprovações já são suficientes para iniciar a greve. Também deve ocorrer uma vigília de aposentados e pensionistas em frente ao Edifício Senado, sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, nesta quinta.
A mobilização pode afetar plataformas e as refinarias. Após a notificação, a estatal deve negociar um plano de contingência com a entidade sindical para definir quantos funcionários serão necessários para manter as operações essenciais em andamento.