Na segunda-feira, dia 5 de agosto, os trabalhadores da MWM Tupy, na zona sul de São Paulo, entraram em greve contra o rebaixamento do convênio médico imposto pela empresa. Eles exigiam um novo convênio equivalente ou melhor que o atual, que já vinha causando problemas.

Os trabalhadores precisaram lutar heroicamente e historicamente para fazer a patronal entender quem produz a riqueza e que estavam unidos nessa luta. O direito à saúde é uma reivindicação mínima dos trabalhadores. Alguns setores da fábrica trabalham horas extras todos os sábados e após o expediente nos dias de semana.

No último período, a empresa demitiu dezenas de operários, muitos lesionados e faltando poucos meses para se aposentar. Com menos operários, aumentaram a meta de produção, sobrecarregando fisicamente e psicologicamente os que ficaram. Com a jornada extenuante de trabalho e pressão por metas, muitos se lesionam e desenvolvem doenças psicológicas. Muita pressão, jornada extenuante e pouco respeito aos operários.

Controle da Produção

Em um momento como esse, seria conveniente que os trabalhadores que produzem toda a riqueza da fábrica tivessem também o controle do caixa da empresa, o controle do fruto do seu trabalho, saber para onde vai o dinheiro produzido e decidir como deve ser empregado. Nesta sociedade capitalista, porém, este controle está nas mãos dos capitalistas. Aqueles que ficam com todo o lucro sem haverem participado da produção.

Esses mesmos capitalistas não demonstram o mínimo de sensibilidade com os trabalhadores que têm filhos, maridos, esposas ou eles próprios em tratamento. São eles, os capitalistas, os responsáveis para que os trabalhadores sintam a necessidade de desligarem as máquinas e entrarem em greve como recurso para serem ouvidos e terem suas reivindicações atendidas. Estão cobrando daqueles que ficam com toda a riqueza que garantam o mínimo: um Convênio Médico de Alta Qualidade igual ao padrão dos produtos que os operários entregam.

Os Abutres tentaram nos dividir

Os gerentes e diretores da empresa tentaram pressionar e dividir os trabalhadores dizendo que eles iam afetar os clientes. Mas a fábrica só parou por culpa dos diretores e gerentes que não tiveram o mínimo de sensibilidade com os trabalhadores que têm filhos, maridos, esposas ou eles próprios em tratamento. Só olham para os lucros e esquecem de quem os produz. Agora eles lembraram!

O Governo Lula também tem culpa aí!

Um dos patrões dessa empresa é o presidente Lula. Anielle Franco e Carlos Lupi, ex-ministros, foram indicados por Lula para compor o Conselho Administrativo da Tupy representando o BNDES e a Previ (Banco do Brasil), maiores acionistas da empresa. Lula tem a obrigação de garantir estabilidade no emprego, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução de salário e melhora o convênio médico de qualidade para os trabalhadores da MWM/Tupy estendendo por toda a Tupy.

Todo apoio à Greve dos Trabalhadores da MWM

Parabéns aos trabalhadores da MWM. Nós do PSTU apoiamos a Greve dos trabalhadores da MWM e todos os dias enviamos companheiros da CSP-CONLUTAS e do PSTU para apoiar e fortalecer o ânimo e a luta pelo convênio médico. Também apoiamos e participamos das greves dos trabalhadores dos CORREIOS, INSS e ICM-BIO que em alguns casos têm na pauta também o convênio médico. Exigimos o respeito e atendimento das exigências dos trabalhadores públicos. Que as empresas passem a ser administradas pelos trabalhadores da empresa e comunidades que as utilizam.

Trabalhadores no poder

Como dissemos, hoje a luta é pelo mínimo, mas chamamos aos trabalhadores a debater e refletir: Por que não somos nós trabalhadores que decidimos tudo sobre o funcionamento da sociedade? Para onde se deve investir a riqueza produzida? Como garantir saúde pública, gratuita e de qualidade a todos?

No Capitalismo, enfiam goela abaixo do trabalhador cada vez mais exploração para garantir o lucro dos empresários. Por isso somos contra o Capitalismo e defendemos que os trabalhadores se organizem, lutem e avancem na consciência para a necessidade de que tomem o controle da sociedade fazendo uma Revolução Socialista. Onde os trabalhadores é que governam. Assim como na Greve os trabalhadores decidiram qual plano médico queriam para poder trabalhar com tranquilidade. No Socialismo, decidiriam todo o funcionamento da sociedade em Assembleias Operárias e Populares.

O PSTU é um instrumento dessa luta por uma sociedade sem exploração e sem opressão, sem machismo, racismo e homofobia. Por uma Sociedade e um mundo Socialista. Em nosso partido não temos empresários. Somos um partido formado por trabalhadores que lutam no dia a dia contra a Exploração capitalista.

Venham conhecer nosso partido, se juntem a nós para fortalecer esse instrumento a serviço da libertação da classe trabalhadora.

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Última Atualização: 10/08/2024