O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (6), em suas redes sociais, que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), até então uma das maiores agências oficiais de ajuda humanitária do mundo, roubou bilhões de dólares para financiar boas histórias sobre o Partido Democrata.
No entanto, Trump não apresentou provas para comprovar o que chamou de “talvez o maior escândalo da história”.
O fato é que a suspensão de repasses para a Usaid já surte efeito entre aqueles que mais precisam: os milhares assistidos, que recebiam medicamentos e dispositivos experimentais.
Uma reportagem do The New York Times reuniu histórias de pessoas que já vivem os efeitos da determinação do presidente norte-americano. A sul-africana Asanda Zondi é uma delas. Na última quinta-feira (30), ela recebeu um telefonema para ser informada de que o estudo de investigação para prevenir HIV e gravidez do qual participava foi encerrado.
Ela, então, foi convocada para comparecer a clínica de saúde em Vulindlela, para que um dispositivo de silicone fosse retirado de seu corpo. Isso porque além de perder o apoio financeiro ao estudo, a Usaid ordenou a suspensão de todos os trabalhos em andamento de todas as organizações até então financiadas.
Questionado pela imprensa, secretário de Estado, Marco Rubio, justificou que a Usaid era um desperdício de dinheiro, usado para promover uma “agenda liberal que vai contra a política externa do presidente Trump”.
Desde então, cientistas se encontram diante de uma difícil decisão: a de desrespeitar as ordens do governo norte-americano e continuar o tratamento dos voluntários de pesquisas ou deixá-los sem assistência diante de potenciais efeitos secundários e danos de tratamentos experimentais.
LEIA TAMBÉM: