A partida que marcou o retorno do Bahia à primeira divisão do Campeonato Brasileiro Feminino de futebol terminou em confusão e prisão do técnico do JC Futebol Clube, do Amazonas, sob acusação de racismo. O jogo, realizado no Estádio de Pituaçu, em Salvador, na segunda-feira 8, terminou em 0 a 0.
Após o duelo, a zagueira Suellen Santos teria sido chamada de “macaca” por Hugo Duarte. Acionada, a Polícia Militar conduziu o técnico do JC à Central de Flagrantes da 1ª Delegacia para registro do boletim de ocorrência e prisão em flagrante.
“A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista ‘macaca’ tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato denúncia é a arma que tenho para combater o racista”, escreveu Suellen nas redes sociais após o episódio.
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O Bahia também se manifestou, por meio de nota, e classificou o caso como um episódio lamentável.
“O Esporte Clube Bahia SAF manifesta toda solidariedade a Suelen ao tempo em que cobra resposta à altura da gravidade do assunto, reiterando compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação”, acrescentou o clube. Segundo o Bahia, o diretor de Operações e Relações Institucionais, Vitor Ferraz, e um advogado criminalista acompanham a atleta.
NOTA OFICIAL
O que deveria ser uma noite apenas de comemoração pelo acesso das Mulheres de Aço à elite do futebol brasileiro acabou manchada por episódio lamentável no estádio de Pituaçu.
Ao final da partida, a zagueira tricolor Suelen foi alvo de ofensa racial praticada pelo… pic.twitter.com/AkFZMBPLnp
— Esporte Clube Bahia (@ecbahia) July 9, 2024
O JC Futebol Clube, por sua vez, disse repudiar qualquer ato de racismo e afirmou averiguar as informações para adotar os procedimentos cabíveis.