Planeta bate recorde de calor por dois dias seguidos
A Terra acaba de experimentar seu dia mais quente da história recente. Não, esta não é uma notícia repetida; o que se repetiu foi o calor extremo. O recorde histórico de calor, registrado no último domingo (21/7), foi superado no dia seguinte, na 2ª feira (22), de acordo com o serviço climático do observatório Copernicus, da União Europeia.
No domingo, a temperatura média global diária ficou em 17,09oC, ligeiramente acima do recorde histórico até então, 17,08oC registrado em 6 de julho de 2023. No dia seguinte, ela atingiu inéditos 17,15oC. A sucessão de marcas históricas deixa evidente que, mesmo depois do fim do El Niño, que puxou as temperaturas globais para cima no último ano, o calor segue intenso ao redor do planeta, provocado pelas mudanças climáticas.
“Embora flutuações sejam esperadas, à medida que o clima continua a aquecer, provavelmente continuaremos vendo recordes sendo quebrados, e cada novo recorde nos leva ainda mais para um território desconhecido”, disse [Rebecca Emerton], cientista climática do observatório Copernicus, à [BBC].
Para os climatologistas, é plausível considerar que esses recordes seguidos de calor representem o pico dos registros de temperatura dos últimos 120 mil anos, indicou [Associated Press]. Embora os cientistas não tenham certeza de que a última 2ª feira tenha sido o dia mais quente desse período, as temperaturas médias não eram tão altas desde muito antes da humanidade desenvolver a agricultura.
“Estamos em uma época em que os registros climáticos e meteorológicos são frequentemente esticados além dos nossos níveis de tolerância, resultando em perdas intransponíveis de vidas e meios de subsistência”, afirmou [Roxy Matthew Koll], climatologista do Instituto Indiano de Meteorologia Tropical.
À [Reuters], a cientista [Joyce Kimutai], do Imperial College London e do departamento meteorológico do governo do Quênia, a persistência do calor depois do final do El Niño é motivo de preocupação. “É realmente alarmante que isso esteja sendo visto em um ano sem El Niño”, disse.
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