A empresa LDS Serviços de Limpeza Ltda., contratada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) para prestar serviços nos oito campi da instituição, atrasa salários, não deposita o FGTS e descumpre sistematicamente os contratos de trabalho. Há mais de quatro meses, a empresa deixa de pagar os direitos básicos dos trabalhadores terceirizados.

Apesar de já ter recebido os repasses do governo federal, a LDS pagou os salários e o vale-alimentação apenas no último dia 20. Até agora, os trabalhadores não receberam o vale-transporte e o FGTS está sem depósito há meses. Em todos os pagamentos, há atraso. A empresa ainda corta pessoal, sobrecarrega os que ficam e impõe jornadas exaustivas, sem a mínima estrutura ou segurança.

Sediada em Fortaleza e registrada sob o CNPJ 15.150.504/0001-65, a LDS opera formalmente na área de serviços administrativos (CNAE N-8211-3/00), mas atua na prática como intermediadora da exploração de mão de obra barata. Não fornece equipamentos de proteção individual e aumenta os riscos de doenças e acidentes para quem trabalha na limpeza pesada dos campi universitários.

Relatos mostram que muitos trabalhadores estão com contas atrasadas e dificuldades para alimentar suas famílias. Sem receber o vale-transporte, todos estão pagando do próprio bolso para ir ao trabalho. O cenário é de desespero.

Além dos atrasos, a empresa demite funcionários e aumenta a carga de trabalho dos que permanecem. Quem denuncia ou ameaça paralisar as atividades é ameaçado. Supervisores são pressionados a agir com brutalidade, criando um ambiente de terror para manter a produtividade a qualquer custo.

O sindicato da categoria, o Seeaconce, pouco tem feito diante da situação. Já são cinco meses de violações, e nada foi resolvido. A única saída para os trabalhadores é a mobilização direta.

É preciso organizar uma greve geral dos terceirizados da UFC. A categoria deve tomar a frente do processo, substituir a direção sindical por um Comando de Greve Local, formado por trabalhadores dos oito campi, e ocupar os prédios da universidade. A paralisação total dos serviços de limpeza deve vir acompanhada da denúncia pública da situação, com ocupações e assembleias nos espaços da UFC.

Dado esse estado, universidade deve romper imediatamente o contrato com a LDS e assumir diretamente a contratação desses trabalhadores. A terceirização, como mostram os fatos, impõe uma condição de trabalho análoga à escravidão.

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Last Update: 23/05/2025