A região oeste do Rio de Janeiro começou a manhã desta quarta-feira (17) com o terceiro dia da Operação Vigília, organizada pelo governo do estado contra a exploração de serviços por milícias e o tráfico de drogas. A operação, que inclui a repressão ao transporte clandestino de passageiros, é uma tentativa de sufocar as fontes de renda das quadrilhas.
Desde cedo, agentes da Polícia Militar (PM), com o apoio do Detran, Detro, prefeitura e empresas concessionárias, estão atuando em vias de grande circulação como a Estrada dos Bandeirantes, Estrada Itanhangá e Avenida das Américas, sentido Barra da Tijuca, para coibir o transporte irregular.
Em áreas controladas por milícias, serviços de transporte como vans e kombis são frequentemente utilizados por criminosos como fonte de lucro, e há relatos de represálias contra motoristas de aplicativos. O governo do estado destacou que a operação visa não só combater a clandestinidade, mas também proteger motoristas de aplicativos.
Outra frente da operação é a demolição de construções irregulares, concentrando-se na Cidade de Deus, em Jacarepaguá. A Secretaria Municipal de Ordem Pública está liderando a demolição de expansões ilegais, incluindo uma loja de serviços de entrega, e removendo entulho da comunidade.
Nos dois primeiros dias da Operação Vigília, 45 pessoas foram presas, sendo 38 em flagrante e sete em cumprimento de mandado de prisão. Além disso, seis adolescentes infratores foram apreendidos. Muitas prisões estão relacionadas a crimes contra o patrimônio, como furtos de energia e água, que fortalecem financeiramente as organizações criminosas.
A operação conta com 2 mil policiais atuando em dez comunidades da zona oeste, incluindo Rio das Pedras, Terreirão, César Maia/Coroado, Cidade de Deus, Muzema, Gardênia Azul, Tijuquinha, Fontela, Morro do Banco e Sítio do Pai João.
Com informações da Agência Brasil