O tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é alvo de uma nova ação de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (13), em Brasília. Segundo a defesa, houve um pedido de prisão, posteriormente revogado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Cid está acompanhado por seus advogados e deve prestar depoimento à PF às 11h, sem que seja efetivamente preso.
PF vê plano de fuga com passaporte português articulado por ex-ministro
Horas antes, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado foi preso, conforme revelou a jornalista Andréia Sadi, do G1. Ele é suspeito de tentar viabilizar a saída de Mauro Cid do país por meio da emissão de um passaporte português.
A PF afirma que Machado atuou junto ao Consulado de Portugal em Recife (PE), em maio de 2025, para conseguir o documento. O objetivo seria permitir que Cid deixasse o Brasil em meio às investigações.
Além da tentativa recente com o passaporte, a PF encontrou no celular de Cid registros de que ele buscava a cidadania portuguesa já em janeiro de 2023. Para os investigadores, as ações revelam uma tentativa deliberada de obstruir a Justiça, livrando um dos principais alvos da operação de possíveis punições.
Cid, Bolsonaro e aliados são réus
Mauro Cid, Jair Bolsonaro e outros 29 nomes já são réus por participação em um plano para manter o ex-presidente no poder mesmo após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. A Procuradoria-Geral da República (PGR) considera o grupo responsável por uma tentativa de golpe de Estado. Vale ressaltar que Cid é delator do esquema, em acordo de colaboração firmado com a PF
