O marketing caminha para um modelo contínuo, dinâmico e guiado por tendências que unem experimentação criativa, inteligência artificial, leitura preditiva de dados e construção de comunidades.
Segundo especialistas como Rodrigo Terra, da Monking, e Renan Caixeiro, CMO do Reportei, marcas e empresas entram em uma fase em que decisões exigem adaptação constante e estratégias orientadas por padrões de comportamento e não por calendários fixos.
O debate foi destaque em São Paulo, durante o evento Monking Mode, que reuniu líderes de marketing, comunicação e inovação. Terra afirma que processos criativos passam a ser estruturados como sistemas, enquanto Caixeiro reforça que maturidade digital depende da capacidade de interpretar sinais do público. Esse movimento ajuda empresas a antecipar tendências e ajustar ações de acordo com a forma como as pessoas consomem conteúdo.
A seguir, os especialistas detalham os caminhos que devem ganhar força em 2026.
Tendências na criação com IA
A inteligência artificial passa a ocupar papel central no desenvolvimento de conteúdos. Para Terra, campanhas terão produção e gestão cada vez mais apoiadas por IA, sem diferença perceptível em relação a materiais criados de forma tradicional. Ele afirma que a tecnologia permite campanhas escaláveis e rápidas, reduz custo e amplia eficiência, mantendo clareza e emoção na mensagem.
Tendências na análise preditiva
A leitura de dados deixa de ser descritiva e passa a antecipar reações do público. Caixeiro destaca que decisões passam a considerar projeções comportamentais, o que afeta orçamento, formatos e segmentação. Para ele, o marketing avança quando identifica padrões futuros e age antes da mudança ocorrer.
Tendências em comunidades
As marcas devem priorizar relações contínuas, com linguagem espontânea e participação ativa do público. Terra observa que modelos semelhantes ao da CazéTV mostram que autenticidade cria vínculos duradouros. Comunidades engajadas tornam-se parte da estratégia comercial ao gerar conversas, improviso e interação real.
Tendências no perfil profissional
O mercado passa a exigir profissionais híbridos, capazes de unir análise de dados e criação narrativa. Caixeiro afirma que métricas só ganham valor quando traduzidas em comunicação que faça sentido para o público. Esse perfil analítico-criativo tende a se consolidar em equipes de alta performance.
Tendências na criatividade sistematizada
Para 2026, criatividade será tratada como processo contínuo baseado em repertório amplo, repetição estratégica e aprendizado. No Monking Mode, discutiu-se que referências fora do nicho passam a ser vantagem competitiva. A IA amplia execução e exige dos profissionais direção conceitual, propósito e bom gosto.
Tendências na personalização
A personalização deixa de ser baseada em dados sensíveis e passa a usar padrões de comportamento, como histórico de interação e preferências percebidas. Caixeiro aponta que isso dá às empresas capacidade de ajustar tom, formato e proposta de valor para cada persona. Segundo ele, essa abordagem cria vínculo mais forte e aumenta engajamento.
Tendências reforçam o papel humano e ampliam precisão
A união entre IA, comunidades, criatividade sistematizada e análise preditiva indica que as tendências de 2026 envolvem decisões mais precisas, processos mais ágeis e comunicação mais conectada ao comportamento real do público.