A Inteligência Artificial (IA) e o design de Experiência do Usuário (UX) estão transformando os negócios. De acordo com a plataforma de pesquisa B2B Clutch, 83% dos usuários online valorizam sites visualmente atraentes e atualizados.
Além disso, a consultoria Forrester aponta que cada dólar investido em UX gera um retorno de 100 dólares, com um ROI de 9.900%. Esses números mostram a importância de investir em experiências digitais eficientes.
Guilherme Ferreira, CEO da Atomsix, estúdio global de design e tecnologia, destaca que a IA e o UX evoluíram de ferramentas técnicas para estratégias centradas na resolução de problemas. “Essas tecnologias criam experiências intuitivas, personalizadas e escaláveis”, afirma.
Ferreira tem 20 anos de experiência na área, tendo trabalhado para empresas como Google, Microsoft e Mercedes-Benz. Ele ressalta que o uso da IA na experiência do cliente saltou de 20% em 2020 para 70% em 2024, segundo a McKinsey.
Para ele, empresas que integram IA e UX não apenas atendem às demandas do mercado, mas também redefinem o relacionamento com os clientes. “A mágica acontece quando tecnologia, empatia e negócios estão alinhados”, diz.
Quatro tendências para 2025
Interfaces Zero UI
As interfaces Zero UI dispensam botões e telas, permitindo interações por gestos, voz ou sensores. Essa abordagem simplifica o uso de dispositivos IoT e assistentes digitais.
Além disso, cria experiências mais fluidas e naturais, atendendo à demanda por minimalismo e eficiência.
Personalização preditiva em tempo real
A IA já permite personalizar experiências no momento em que os dados são gerados. Em e-commerces, por exemplo, sistemas sugerem produtos ou ajustam preços com base no comportamento do cliente.
Um estudo da Adobe mostra que 80% das empresas que adotam IA para personalização registram maior engajamento. Esse nível de personalização é um diferencial competitivo.
Integração com wearables
Dispositivos vestíveis, como rastreadores de saúde e assistentes pessoais, estão cada vez mais presentes no cotidiano. No UX, isso significa criar soluções que se conectem a esses aparelhos.
Essa tendência se alinha à Indústria 4.0, onde a coleta de dados em tempo real é fundamental para a eficiência operacional.
Nova onda de acessibilidade
Com avanços na IA, soluções de acessibilidade estão se tornando mais sofisticadas. Assistentes virtuais com comandos de voz e interfaces adaptáveis são exemplos dessa evolução.
Essas tecnologias promovem a inclusão em grande escala, beneficiando pessoas com limitações físicas ou sensoriais.
Para se preparar para essas tendências, Ferreira recomenda investir em dados organizados. Além disso, capacitar funcionários para usar IA e UX de forma integrada é essencial.
Por fim, ele destaca a importância de alinhar a tecnologia a objetivos claros. “Não se trata apenas de usar IA, mas de usá-la com propósito”, conclui.