O presidente Lula (PT) defendeu a atuação do estado brasileiro e a manutenção das empresas estatais, nesta segunda-feira 24, durante a cerimônia de assinatura do contrato de ampliação da frota da Petrobras e da Transpetro.
“Vamos acreditar em nós mesmos e parar de acreditar naqueles que negam o Estado, que dizem que o Estado não presta, que é corrupto. Eles só sabem vender isso, como se apenas o setor privado fosse capaz de prestar bons serviços”, afirmou Lula, criticando a tentativa da oposição de privatizar a Petrobras. O presidente mencionou, como exemplo, a venda da Petrobras Distribuidora S.A. (BR Distribuidora), concluída em 2021.
“Se não fosse a Petrobras, o Brasil seria importador de petróleo. Nós vendemos a BR, e o que isso facilitou na vida do povo brasileiro? O que mudou? Melhorou? Baixou o preço da gasolina?”, questionou.
Lula reforçou que, em oposição às políticas privatistas, seu governo trabalha para reconstruir a Petrobras e fortalecer a indústria naval. “Um País que tem uma bela indústria naval se torna competitivo no comércio internacional, que tem 90% de suas coisas feitas por transporte marítimo”, destacou.
Durante a cerimônia, a Transpetro, subsidiária integral da Petrobras, e o consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren assinaram um contrato para a aquisição de quatro navios da classe Handy. Cada embarcação, avaliada em 69,5 milhões de dólares, será utilizada para o transporte de derivados de petróleo na costa brasileira.
O acordo é o primeiro firmado pela Transpetro dentro do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras. No âmbito da mesma iniciativa, a estatal lançou na semana passada, em evento com Lula, a licitação para a aquisição de oito navios gaseiros.
O consórcio entre os estaleiros Rio Grande e Mac Laren venceu a licitação lançada em julho de 2024, após cumprir todas as exigências do edital. Os novos navios irão ampliar a capacidade de atendimento da Transpetro à Petrobras.