Foi Michel Temer (foto/reprodução internet) o conselheiro por trás do tom digamos, suave, de Jair Bolsonaro no depoimento prestado ao STF. O encontro dos ex-presidentes ocorreu discretamente em São Paulo no último fim de semana, com Bolsonaro em busca de orientação para enfrentar Alexandre de Moraes, o mesmo ministro que Temer, vale lembrar, indicou à Corte. Polido como sempre, o emedebista recomendou que o depoente evitasse o confronto direto, apostasse em um discurso mais palatável e, se possível, até distribuísse gentilezas. Funcionou: Bolsonaro pediu desculpas aos ministros e ainda ofereceu a Moraes a vice-presidência em sua hipotética candidatura, uma piada que, segundo aliados de Temer, soou “bem-humorada” e “estratégica”. Para o veterano do MDB, que já o havia socorrido com uma “carta à nação” em 2021, o ex-capitão se saiu surpreendentemente bem. Afinal, nem sempre a contenção de danos exige eloquência; às vezes, basta obedecer ao script
