O Tribunal de Contas da União decidiu, em sessão plenária nesta quarta-feira 12, arquivar as representações do senador Rogério Marinho (PL-RN) e do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) contra a criação da Fundação IBGE+.
Os parlamentares solicitavam a abertura de um processo de fiscalização para apurar supostas irregularidades e o afastamento de Marcio Pochmann da presidência do instituto.
O TCU não viu indícios de desvios ou ilegalidades que justificassem a abertura do inquérito. O relator da ação foi o ministro Bruno Dantas.
O IBGE+, que teve sua criação suspensa no fim do ano passado, esteve no centro da crise entre o presidente do órgão, Marcio Pochmann, e servidores.
Desde que foi lançado, em setembro do ano passado, o IBGE+ vem sendo alvo de queixas dos servidores, que dizem que a fundação serviria como uma espécie de ‘IBGE Paralelo’, servindo para parcerias e acordos com órgãos privados.
Os servidores alegam que a gestão Pochmann tem sido marcada por falta de diálogo. A presidência do IBGE nega que haja risco de prejuízo às pesquisas do instituto.
Pouco antes do anúncio da suspensão das atividades, Pochmann esteve em um evento em Brasília (DF) e negou que houvesse interferência de interesses privados no IBGE+.
Segundo ele, “há uma perspectiva de entender que uma fundação dessa natureza, pública de direito privado, poderia levar a uma espécie de privatização”.
Entretanto, conforme o presidente do IBGE, esses “são modelos necessários para ampliar o orçamento e permitir a inovação tecnológica”. Para ele, “o IBGE precisa inovar o seu método de coleta de preços”.