A “Revista Momento” destaca que a concentração de riqueza no Brasil vai além de uma simples estatística econômica; ela representa uma chaga histórica profundamente enraizada na formação da sociedade brasileira. Essa desigualdade tem sido perpetuada por séculos de estruturas sociais, econômicas e políticas desiguais.
Conforme aponta a revista, desde o período colonial, marcado pela exploração de recursos e pela escravidão de povos indígenas e africanos, até os dias atuais, observa-se a consolidação de uma elite econômica que acumula patrimônio em detrimento da vasta maioria da população. Essa elite, que se beneficiou diretamente de um projeto de país excludente, influenciou e continua a influenciar instituições, incluindo o sistema tributário nacional. Esse sistema, segundo a “Revista Momento”, tem servido mais para manter privilégios do que para promover a justiça social.
A “Revista Momento” enfatiza que o Brasil está entre os países mais desiguais do mundo, e essa desigualdade não é acidental, mas sim resultado de escolhas políticas deliberadas. Historicamente, a carga tributária no Brasil tem recaído sobre as classes trabalhadoras, com pesados impostos sobre o consumo e o trabalho assalariado. Enquanto isso, a renda do capital, os lucros e, principalmente, os grandes patrimônios são poupados. A ausência de mecanismos eficazes de taxação sobre grandes fortunas é citada pela revista como uma das expressões mais perversas dessa estrutura tributária regressiva, que se recusa a tocar nas bases do poder econômico concentrado, mesmo diante da miséria que afeta milhões de brasileiros.
Fonte: Revista Momento
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