A prévia da inflação de julho ficou em 0,3%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgados nesta quinta-feira, foram influenciados pelos custos com transportes.
Segundo o IBGE, as passagens aéreas (com alta de 19,21%) tiveram maior influência no índice de preços do mês. Além disso, houve alta na gasolina (1,43%), etanol (1,78%) e óleo diesel (0,09%), enquanto o gás veicular registrou queda nos preços (-0,25%).
Para fazer os cálculos, o IBGE divide os produtos e serviços em nove grupos. Destes, sete tiveram alta no período analisado. As exceções foram alimentação e bebidas (queda de 0,44%) e vestuário (-0,08%).
Outro grupo com impacto relevante nos resultados foi o de habitação, com alta de 0,49%, puxado pela energia elétrica residencial (1,20%). Neste mês, a bandeira tarifária amarela para a energia residencial foi acionada pela primeira vez após dois anos.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 teve alta de 4,45%. O índice fica acima do registrado nos 12 meses anteriores (alta de 4,06%). Em julho do ano passado, o índice teve recuo de 0,07%.
O IPCA-15 usa a mesma metodologia do IPCA, mas tem diferenças na abrangência geográfica e no período da coleta de preços. Neste caso, por exemplo, a referência é o período entre 15 de junho e 15 de julho, que são comparados com os números do intervalo entre 16 de maio e 14 de junho.
Os dados são calculados com referência em gastos de famílias que têm rendimento entre 1 e 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e da cidade de Goiânia.