O 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revelou que o número de assassinatos no Brasil apresentou uma redução de 3,4%. Em 2023, foram registradas 46.328 Mortes Violentas Intencionais (MVIs), contra 47.963 casos em 2022.
Segundo o levantamento, o Brasil tem uma taxa de 22,8 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes, quase quatro vezes superior à média mundial de homicídios, que é de 5,8 mortes por 100 mil habitantes, de acordo com o Unodc (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime).
Essa taxa engloba vítimas de homicídios dolosos (incluindo feminicídios), latrocínios (roubos seguidos de morte), lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais, sendo um indicador crucial para medir os níveis de violência no país.
O perfil das vítimas continua majoritariamente composto por homens (90,2%), negros (78%), com idade até 29 anos (49,4%), sendo frequentemente vitimados por armas de fogo (73,6%) e em locais públicos (56,5%).
Dezoito estados apresentaram taxas de mortes violentas superiores à média nacional em 2023. Entre as cidades que registraram os maiores aumentos estão Santana (88,2%) no Amapá, Maranguape (85,7%) no Ceará, e Eunápolis (25%) na Bahia, todas com população acima de 100 mil habitantes, conforme critérios do Anuário.
Vale destacar que as maiores taxas de mortes violentas estão concentradas nos estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil, sendo que nove das dez cidades com os índices mais elevados pertencem a essas regiões, conforme aponta o Anuário.