A taxa de desemprego entre as mulheres no terceiro trimestre de 2024 foi de 7,7%, superior à média nacional de 6,4% e à taxa masculina de 5,3%, segundo a Pnad Contínua do IBGE. A desigualdade de gênero no desemprego, embora ainda expressiva, diminuiu ao longo dos anos, tendo atingido uma diferença de 45,3% entre os gêneros no período, menor do que os 69,4% registrados em 2012. Além disso, as mulheres continuam recebendo menos: no terceiro trimestre, o rendimento médio delas foi de R$ 2.697, enquanto o dos homens alcançou R$ 3.459, uma diferença de 28,3%.
A pesquisa também revelou desigualdades raciais e educacionais no mercado de trabalho. A taxa de desemprego para a população preta foi de 7,6%, para a parda, 7,3%, e para a branca, 5%. Em termos de escolaridade, o desemprego foi mais elevado entre aqueles com ensino médio incompleto (10,8%) e superior incompleto (7,2%), sendo mais de duas vezes maior do que para aqueles com nível superior completo (3,2%).
As estatísticas demonstram que os setores mais oprimidos na sociedade também são mais oprimidos como trabalhadores. A opressão da mulher, portanto, é um fenômeno que existe dentro da luta de classes, e, portanto, a emancipação da mulher se dará por meio da luta da classe operária.